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quinta-feira, 15 de junho de 2017

A VIDA NO JAPÃO - por Ruth Gomes


Depressão é uma coisa ´´comum`` no Japão. Pela dificuldade em aprender a língua japonesa, muitos brasileiros e brasileiras estão aqui a muito tempo não sabem se comunicar. Muitas pessoas se sentem abandonadas... isso não acontece somente com brasileiros, mas com japoneses também. Japão é um país tão sofisticado, porém, muitos não conhecem a Deus e não tem a alegria verdadeira que é encontrada somente nele.  Outra coisa é que muitos brasileiros que estão aqui são trabalhadores de fábricas, poucos terminam o ensino médio e acabam perdendo a noção das coisas, até ao ponto em que muitos brasileiros que estudam em escolas japonesas são analfabetos nos dois idiomas.

Muitos brasileiros que estão aqui não ligam muito para religião e coisas do tipo. Uma vez, conversando com um menino brasileiro da escola, mencionei que ia para a igreja todos os domingos, e ele disse que isso era uma perda de tempo. Fiquei muito triste. Como alguém pode dizer que adorar a Deus é uma perda de tempo! Hoje, no Japão, menos de 1% da população é cristã, e isso incluindo neo pentecostais e católicos. É muito normal alguém nascer xintoísta porquê é bonito, crescer budista porque é bom, casar na igreja do jeito cristão pois a cerimonia é pomposa e morrer xintoísta. Muitas vezes vemos prédios com o formato de igrejas cristãs, mas feitas apenas para casamentos. É incrível o número de templos xintoístas e budistas que tem pelas cidades. Templos que ficam nas ruas e altares em cada casa.

Japoneses são muito supersticiosos. O número 4 no japonês é shi que também quer dizer morte. Então, em muitos prédios não há apartamentos com o número 4 nem o quarto andar. As lendas japonesas são bem peculiares e em quase todas aparece o oni que é o demônio japonês; segundo essa lenda, ele geralmente chega e tenta arrastar as pessoas para o submundo. Assim, um dos rituais de festas é para afastar esse demônio. Para fazer isso eles penduram o koinobori, que é um peixe feito de tecido que fica pendurado do lado externo da casa. O número de koinoboris pendurados variam de acordo com o número de pessoas que moram na casa.

A língua japonesa tem três alfabetos diferentes, o hiragana, o katakana e o kanji. O Hiragana é usado para escrever palavras normais japonesas, o Katakana é usado para palavras estrangeiras e o Kanji é como se fosse os desenhos das palavras. Existem muitas palavras no japonês que tem muitos significados, então os kanjis servem como se fossem os desenhos das palavras, explicando o que elas são. Na escola estou aprendendo bastante Kanjis. Depois que pegamos o jeito eles ajudam muito na leitura e não são tão difíceis como parece no início.

Formatura do Shougakku, abril/17
O sistema de ensino da escola japonesa consiste em três escolas diferentes, a primeira vai da 1ª até a 6ª série (shougakku). Depois que os alunos têm a formatura vão para outra escola que tem da 7ª até a 9ª série (shyugakkou). Depois eles têm outra formatura e vão para o ensino médio, de 1ª até 3ª serie (koukou). Depois alguns poucos vão para a faculdade (daigakkou). Na escola japonesa existem muitas matérias que no Brasil não tem, como por exemplo a aula de economia doméstica, que ensina como costurar, arrumar a casa, cozinhar;  desde a 1ª série a merenda escolar é feita em prédios separados e depois distribuídos para as escolas das regiões. Em alguns casos a merenda é feita na escola e é entregue de sala em sala em carrinhos com bandejas, pratos e talheres. Geralmente o almoço é arroz, uma sopa ou Cury, salada e alguma carne, muitas vezes de peixe, e às vezes uma fruta ou gelatina. Para beber eles servem caixinhas de leite de 250ml para cada aluno. As refeições são feitas uma para cada aluno e não podemos jogar nada fora, pegou tem de comer. Geralmente a comida é muito boa, mas tem dias que preciso tomar gole de leite a cada mordida para descer. Nos dias que faltam alunos fazemos pedra, papel ou tesoura e aquele que ganhar fica com o leite ou alguma outra coisa que queira do cardápio. Tem também a aula de como fazer o chá japonês, como tomar o chá. Da 7ª até a 9ª série os alunos são obrigados a participar de atividades extracurriculares na escola, como kendô, judô ou outros esportes, música, computação, e vários outras. Essas atividades existem para melhorar o trabalho em grupo e para que os alunos possam se conhecer melhor.

Eu fico na escola de 8:00 até mais ou menos 18:00. Quando chego preciso descansar um pouco, tomar banho e fazer tarefa. É bem corrido. Eu ainda estou tendo um pouco de dificuldade porque tem muitas palavras que eu ainda não aprendi, então algumas explicações dos professores não entendo bem. Também não consigo entender algumas regras que a escola coloca sobre os alunos, do tipo, tem de prender o cabelo na altura certa, não pode de forma alguma pintar a unha ou usar nada que seja de maquiagem nem brincos. As meninas da minha idade não têm furo na orelha e se assustam quando digo que no Brasil as mães furam a orelha das meninas ainda bebês. Para eles orelha furada é sinal de rebeldia. Um dia fui para escola com as unhas pintadas (passei esmalte bem clarinho no final de semana e esqueci de tirar!), eles levaram para uma salinha, deram acetona e mandaram tirar. O uniforme é todo igualzinho e as professoras medem o cumprimento das saias, que tem de ser abaixo do joelho, quase encontrando as meias brancas que usamos.

Eu gosto de morar no Japão, mas sinto muita saudade de minha família e minha casa no Brasil, às vezes até choro de saudade. É difícil fazer amizades com meninas japonesas porque sou muito diferente delas, na aparência e no jeito de ser. Muitas colegas da escola acham que sou furiô (pessoa rebelde) porque acham que pinto meu cabelo (eu não faço isso), tenho orelha furada e gosto de conversar bastante. Além disso todo mundo sabe que sou cristã porque eu não aguento ficar sem falar nada quando estão ensinando coisas como evolucionismo ou sobre os deuses.


Eu quero que todos na escola saibam que só existe um Deus e um só caminho pra salvação e liberdade da depressão e da angústia. Que Deus me ajude a ter paciência para fazer isso!

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Primavera no Japão! Poda, crescimento, expansão! Carta Abril 2017




A ti me entreguei desde o meu nascimento; desde o ventre de minha mãe, tu és meu Deus. Não te distancies de mim, porque a tribulação está próxima, e não há quem me acuda. A meus irmãos declararei o teu nome; cantar-te-ei louvores no meio da congregação; vós que temeis o SENHOR, louvai-o; glorificai-o, vós todos, descendência de Jacó; reverenciai-o, vós todos, posteridade de Israel. Pois não desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro. 
Salmo 22.10-11; 22-24

Primavera no Japão! Poda, crescimento, expansão!
Acabamos de entrar em um novo ano fiscal japonês, no dia 01 de abril. Aqui estamos no ano 29 da era Heisei, e isso porque a contagem de tempo é feita de acordo com o reinado de um imperador. Os japoneses costumavam usar essa contagem para indicar seu ano de nascimento, ou o ano em que viviam. A era Heisei começou em 1989 com reinado do imperador Akihito.


Abril marca também a chegada da época das Sakuras (cerejeiras), o início do ano letivo e o final do prazo para o acerto de contas com o governo. Não pagar imposto é coisa séria, seus bens podem ser apreendidos na sua casa. A beleza na paisagem com o florescimento das cerejeiras é difícil de descrever. É como se o país, de uma semana para outra, ficasse inteiramente cor de rosa. Da a impressão de que, se olharmos de cima do avião veremos tudo colorido. Em diversos pontos acontecem os matsuris. Debaixo das árvores e à beira de um rio (também salpicado de cor de rosa), é possível comer nas barraquinhas, comprar bugigangas e se divertir em brinquedos.

Com o início do ano letivo, Ruth mudou-se de escola. Antes ia em uma escola que atende alunos da idade elementar. Agora passou para a escola dos grandes, não precisa mais usar o chapéu amarelo (obrigatório na ida e vinda da escola anterior), pode usar bicicleta como transporte escolar e precisa se virar sem a ajuda da tradutora que a acompanhou até aqui. Tudo novo!
Abril foi um marco importante em nossa igreja também, infelizmente nada parecido com o que sonhávamos ou vínhamos experimentando o ano passado. Tivemos perdas em nossa congregação. Um casal abandonou a igreja e três famílias estão ausentes dos trabalhos semanais. Esses irmãos vieram de igrejas de confissão doutrinária diferente, decepcionadas com aquele evangelho e em busca de reforma. Mas, pelo que nos parece até agora, não entenderam que uma volta à Palavra significa submeter velhos pensamentos, teorias, desejos e revelações ao crivo da Palavra de Deus. No momento em que buscávamos um local para compra, já que estávamos em um número grande, nosso inimigo colocou dúvidas e discórdias em nosso meio e tivemos de recuar. Muitos de vocês acompanharam nosso sofrimento, oraram por nós, nos incentivaram, apoiaram e agora, vislumbrando a disciplina do Senhor, também vemos o cuidado e pastoreio de nosso redentor. Em meio à dor da poda, temos experimentado crescimento na Palavra do Senhor e na comunhão dos irmãos.

Deus, diante do momento sofrido em que nos encontrávamos, nos presenteou com a vinda do Rev. Dr. George Scipione, o qual veio dos Estados Unidos para uma série de palestras junto à Missão da Orthodox Presbyterian Church, e gentilmente aceitou falar à nossa igreja durante uma noite. Foi uma festa para aqueles que participaram. Ele falou, em inglês, sobre Depressão e o uso de medicamentos, e foi traduzido por mim. Ainda esse mês receberemos o Presbítero Peter Bakelaar, da PCA Japan e o Rev. Murray Uomoto, pastor missionário da OPC no Japão. Ambos falarão em japonês e serão traduzidos por um irmão da igreja.


Estamos com uma classe de Escola Dominical em japonês a todo vapor. Isso é motivo de grande alegria para nós! Essa semana, um deles veio de muletas à igreja. Estava com o joelho machucado, mas não deixou de vir ouvir a Palavra e ainda trouxe outro visitante japonês de seu trabalho. Ele tem compartilhado conosco de sua alegria por descobrir o evangelho e tem falado de Cristo às pessoas ao redor dele. É maravilhoso ver a obre do Espírito Santo na vida desse irmão. Só isso já valeu cada lágrima, cada momento de aflição, cada súplica desesperada levantada a Deus.

A igreja está se preparando para um acampamento que teremos em maio, nos dias 4,5 e 6. O missionário David Portela, Camboja, virá falar conosco sobre o papel do cristão nas mídias sociais. Estamos aguardando ansiosamente por esse período, onde todos pararão suas atividades diárias para gastar tempo aos pés da Palavra do Senhor.

Márcia e eu estamos participando de um treinamento para implantação de igrejas em Nagoya, juntamente com diversos pastores americanos e filipinos. A ideia é juntarmos forças para a propagação do reino. Esse curso, em inglês, durará dois anos, com reuniões mensais, onde teremos tempo de comunhão, apoio mútuo e troca de experiências do campo no Japão.



Notícias da família
Estou me preparando para ir à Nova Zelândia por duas semanas. Lá eu ministrarei aulas no Seminário dirigido pelo Rev. João Petreceli, pregarei, ministrarei palestras. Estou contente pela oportunidade de conhecer os irmãos de lá, por poder trocar conhecimento e gastar tempo com pastores amigos dali.

Davi segue em seu último ano escolar. Ele está fazendo um curso de música com um renomado professor de nosso estado. Isso tem acrescentado em nossa igreja, pois ele toca com outros músicos nos momentos do culto apropriados para isso. Ruth, como disse acima, iniciou novo curso, nova escola, novas experiencias com a língua japonesa. Embora Ruth estude em uma escola pública, só a compra dos uniformes custou mais que o valor do primeiro carro que adquirimos aqui. Daqui a três anos, quando ela completará mais um ciclo e mudará de escola novamente, será ainda mais custoso.
Estamos nos preparando para irmos ao Brasil nos meses de julho e agosto. Em julho pretendemos participar do estágio do CFM e assim terminar os requisitos pedidos pela APMT. Estamos com nossa agenda cheia para agosto e esperamos que Deus toque nos corações daqueles que serão nossos ajudadores, que nos enviarão para esse campo distante.

Pedidos de oração
- Sustento financeiro. Vocês sabem que Márcia precisou sair da escola onde estava trabalhando porque esse emprego exigia vários domingos. Para não causar prejuízo aos trabalhos da igreja e para dar exemplo aos demais, tomamos essa decisão. Isso significou, além da perda do pagamento, a perda do desconto da mensalidade escolar do Davi. Estamos vivendo no limite do dinheiro, mas abundantes da graça e do suprimento que vem do Senhor.

- Saúde. Nossos familiares no Brasil estão sofrendo. E nós sofremos juntamente com eles! Pedimos a Deus pelo revigoramento de nossos pais, irmãos, sobrinhos e amigos queridos. Do lado de cá nossa oração é sempre, espera mais um pouco, estamos chegando, queremos nos encontrar de novo!

-Nossa igreja. Estamos forte em Cristo. Louvamos a Deus que sempre nos guarda. Queremos mostrar a luz de Cristo aos japoneses. Que sejamos um reflexo vistoso de nosso Pai Celestial.
Quanto ao mais somos confortados e conduzidos pela Palavra de Deus e tomamos para nós as palavras do apóstolo Pedro, que disse:

Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo. Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos. Amém! IPe 5.6-11

No Senhor da seara,

Rev. Daniel, Márcia, Davi e Ruth

quarta-feira, 8 de março de 2017

Carta informativa março 2017


Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo.
2Coríntios 1.3-5

Queridos irmãos, amigos, nossos cooperadores,

Temos, nos últimos tempos, sentido o peso do ministério nos ombros. Estamos com saudades da família, cansados pelas lutas, aflitos pela impotência de nossas mãos e de nossa obra, inseguros pelo desafio financeiro pelo qual nossos mantenedores então passando. Deixamos tudo pra trás, abrimos mão, para que o nome de Cristo fosse conhecido no Japão. Viemos suprir uma necessidade do campo, nós, imperfeitos e pecadores, viemos com a missão de refletir a glória de nosso Senhor. Nos deparamos dia a dia com o tamanho da obra a ser feita e com a nossa impotência e pequenez.

Mas essa não é uma carta triste nem mesmo desesperançada. Essas palavras de Paulo aos coríntios trazem grande conforto ao nosso coração. Sim, somos pequenos, estamos cansados, mas fomos chamados e trazidos ao campo para trazer a mensagem do Senhor do universo, Deus que reina acima de todas as coisas! Sim, somos incapazes e imperfeitos, mas a obra é dele. É ele que faz a obra, é ele quem convence do pecado, é ele quem chama, é ele quem faz! Sempre temos dito, olhem para nós, mas não olhem pra nós! Olhem pra Cristo, para perfeição dele, para a glória da beleza dele. Nós somos apenas imitadores de Cristo, miseráveis pecadores que buscam servir e obedecer a um Deus perfeito e todo santo. Olhem para graça de Cristo manifestada em nossa vida imperfeita. Olhem para nós e veja a grandeza de Cristo ao usar vasos quebrados que somos!

As lutas naturais de cada pastor começam a se apresentar agora, no momento em que a igreja cresce. Temos sido fortalecidos na palavra do Senhor e fiéis na administração dessa palavra e dos sacramentos. Lutas internas e externas nos levam a um vigiar mais constante na presença de Deus. Peço que os irmãos orem, sobretudo para que nossa família guarde o coração e a nascente igreja persevere na unidade da fé. “Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia” (2Tm 4.10). 

Estamos alegres porque conseguimos alcançar japoneses em nossa igreja. Três deles estão estudando a Bíblia regularmente. Alugamos mais uma sala no prédio onde nos reunimos para acomodar mais uma sala de escola dominical, em japonês. Pensávamos que nosso primeiro passo seria uma classe em inglês para depois avançar para o japonês, mas Deus tinha algo diferente em mente. Aleluia!

Esse ano temos diversas coisas acontecendo em nossa igreja. Por causa da parceria que temos com a Orthodox Presbyteryan Church, vamos ter o privilégio que hospedar um evento com o Dr. George Scipione, onde será abordado o assunto da Depressão. Todos sabem que o Japão é extremamente assolado por esse problema. Dr. George Scipione é autor de diversos livros, professor de Teologia Aplicada do Reformed Presbyterian Theological Seminary, em  Pittsburgh, PA desde 2008. Recebeu o Ph.D. em 1996, pelo Whitefield Theological Seminary. Já foi diretor do CCEF e do Institute for Biblical Counseling and Discipleship. A palestra será em inglês e traduzida para português e japonês. Uma grande alegria para nós.

Em abril eu irei até a Nova Zelândia atender um convite do Reverendo João Petreceli, para ministrar aulas no Seminário que ele mantém e também pregar na igreja.

Mês de abril também será desafiador para nossa caçula, Ruth. Ela ingressará em uma nova etapa escolar, mudará de escola. Aos olhos japoneses é a transição da infância para a adolescência. As responsabilidades dela crescerão, agora não terá mais tradutor na escola e terá de caminhar sozinha pelos estudos na língua japonesa. Ela está temerosa, mas confiante!

Em maio teremos nosso acampamento para a família da igreja. Será nos dias 4, 5 e 6 de maio, no Camp Raphayada, em uma cidade vizinha à nossa. Nessa ocasião, receberemos o irmão David Portela, missionário no Camboja, para ministrar palestras.

Estamos novamente em busca por um novo lugar de reuniões. Queremos diminuir os custos com isso. Hoje alugamos o espaço no CBI por quatro horas, aos domingos. O valor que pagamos mensalmente é mais do que o necessário para alugarmos um prédio só para nós, o qual poderemos usar durante todos os dias, possibilitando a continuação e implementação de novas partes de nosso projeto. Temos a dificuldade de que, embora a mensalidade seja mais em conta, é necessário uma luva para a entrada, a qual geralmente custa três meses de aluguel adiantado.  Queridos, orem conosco por esse desafio!

No mês de julho participaremos do estágio em campo transcultural, requerido pela APMT e em agosto passaremos uma temporada no Brasil, visitando igrejas, renovando laços e conhecendo novos parceiros.

Queridos, estamos em dificuldades financeiras, precisamos de novos cooperadores para que possamos estar tranquilos quanto às nossas finanças. O custo de vida é alto e não queremos nos distrair do trabalho de tempo integral com outros trabalhos, além das aulas de inglês que já estou ministrando. Temos gasto com a educação dos filhos, com os seguros e impostos obrigatórios, com os aluguéis, transporte, alimentação e vestuário e a cada mês temos nos virado para dar conta de permanecermos aqui. Essa semana nosso pneu estourou enquanto estávamos na auto estrada. Demos graças a Deus pelo livramento de acidente, mas agora precisamos repor os quatro pneus! Nossa agência tem sido extremamente generosa conosco e nos ajudado até mais do que pode. Vários irmãos têm se levantado para nos ajudar na causa do Japão, mas ainda estamos bem aquém do que necessitamos. Por favor, nos ajude nesse desafio, orando e divulgando o trabalho aqui.

Termino com as palavras de Paulo:

não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado. Pelo contrário, em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na bondade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, quer ofensivas, quer defensivas; por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama, como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos e, entretanto, bem conhecidos; como se estivéssemos morrendo e, contudo, eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo. Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração.
2Co 6.3-10

Pr. Daniel e família